Trabalho para uma empresa terceirizada da TELEFONICA, chamada ABILITY TECNOLOGIA E SERVIÇOS, trabalho para ela desde novembro de 2009, na função de CABISTA FU, ou seja, quando o instalador e reparador de linha vai até o local de serviço, residencia, empresa, telefone publico, etc..., e não consegue executar o serviço pelo motivo da rede estar quase esgotada (ele é limitada) e os pares vagos estão com defeitos, os CABISTAS FU são enviados ao local para fazer um conserto de urgência na rede para o telefone voltar a funcionar. Este conserto pode levar ate horas para terminar, que ele é feito em toda rede, ate localizar o defeito, e esta rede pode ter ate kilómetros. Bem, até aqui eu expliquei mais ou menos, como é feito o meu serviço, talvez para compreenderem melhor o que aconteceu comigo.
No dia 15/02/2011, o meu supervisor me passou 5 serviços na região do EMBU, após eu terminar o primeiro serviço e estava a caminho do segundo, começou uma chuva de porte médio, em um dia normal eu pararia o carro em algum lugar e esperaria a chuva passar, mas o meu supervisor começou a me ligar cobrando este segundo serviço, e falando que a chuva não estava tão forte e este segundo serviço teria que ser executado o mais rapido possivel, pelo fato que se tratava de um processo que tinha sido movido através da ANATEL e que também o instalador que esteve no local e informou que o defeito se tratava de defeito de rede, também já tinha dado baixa no serviço, como se ele ja tivesse executado.
Dessa maneira, eu me vi coagido em continuar o meu caminho e executar o mais rapido possivel este serviço, porque o supervisor ainda me informou que eu seria responssavel por qualquer represaria sobre este serviço, que pode ser uma advertencia ou até mesmo uma suspensão.
Cheguei no local às 11:05, quando imediatamente iniciei o serviço para localizar o defeito na rede, a chuva ja tinha ficado um pouco mais fraca, estava garoando, as 11:35 o meu supervisor me liga novamente me cobrando o serviço e querendo que eu fosse o mais rápido possível para outro serviço, nem se importando que ja estava quase na hora do almoço. Após desligar o celular, coloquei a minha escada na próxima emenda do cabo para verificar se o defeito estava la, mas minha escada não alcançou, (estava com uma escada de seis metros, sendo que o padrão para se trabalhar em rede é com uma escada de 7,20 mt, mas como eu ja tinha pedido ao meu supervisor a troca de minha escada já havia alguns dias, e ele me falando que a empresa estava sem a escada, ele me mandou retirar do almoxarifado uma escada de 6 mt.) bem, voltando ao assunto, como a escada não alcançou a rede, eu coloquei éla no poste, abrindo totalmente a escada, amarrando ela no poste e passando o cinto em volta dele, desta maneira me debrucei de costa e verifiquei a rede. Mas quando iria começar a descer da escada, soltei o cinto de desci o primeiro degrau, a escada começou a escorregar no poste, talvez por causa do lodo que havia neste poste e a fraca chuva, não consegui me segurar porque já tinha tirado o cinto, e acabei caindo junto com a escada. Às 11:55...
Local do acidente.
Quando foi às 12:20, após populares começarem a chamar socorro, 02 viaturas da policia chegou ao local, mas a ambulancia chegou para me fazer o resgate somente às 13:20, também foi chamado os bombeiros, mas ninguém aparecia. O meu supervisor, após eu ligar pra ele enquanto eu estava caído no chão, também chegou ao local e através de uma ligação, também avisei minha esposa. Enfim, quando a ambulância chegou, fui levado para um pronto-socorro publico e la chegando, foi tirado varias radiografias minha, e constatou que tive uma grave lesão no joelho direito e afetando a rotula deste joelho.
B.O. do acidente:
Continuando, no PS, foi me feito duas opções:
a) Seria transferido para o hospital geral do EMBU, para ser realizado uma cirurgia...
b) Seria transferido para um HOSPITAL do convenio onde eles daria continuidade no tratamento...
Logico, optei pelo (b) convenio, ai começou uma serie de descaso e humilhação.
Fiquei aguardando a ambulância do convenio (INTERMÉDICA), me remover para um hospital em Osasco, onde teria uma equipe especializada em fraturas grave em joelho, das 15:30 até às 23:20 em uma maca no canto do PS, meu único conforto, é que minha esposa, cansada de esperar o meu supervisor, que se comprometeu em busca-la e não foi, se encaminhou a pé até o PS e ficou ao meu lado me acompanhando com meus filhos todo o tempo.
Cheguei ao HOSPITAL E MATERNIDADE RENASCENÇA em Osasco, às 00:20, onde fui colocado em uma cama totalmente nu, apenas com um lençol me cobrindo, em uma enfermaria feminina, onde os pacientes (mulheres) ficam em observação, aguardando o efeito de algum medicamento que tomaram fazer efeito;humilhante...
Durante aquela noite, fiquei sobre efeitos de sedativos, pela manhã eu pedi para uma enfermeira ligar para a minha casa e pedir pra minha esposa quando viesse me visitar, trazer uma roupa para mim porque eu não podia ficar naquelas condições.
Quando foi la pelas 14:20, ainda não tinha chegado ninguém, eu já estava me sentindo abandonado, quando minha esposa chegou. Ela me falou, que para chegar até lá teve que fazer vários telefonemas, que ela não conhecia a região e o pessoal da empresa, apesar de terem mais de 1.000 veículos a disposição, ninguém queria leva-la. Ela me contou também, que teve que falar para o meu supervisor, que o hospital ligou e precisava falar com ela urgente (mentira), somente assim que levaram ela para o hospital.
(continua)